quinta-feira, junho 07, 2007

HONRA ATÉ PARA MORRER



Todos sabem os efeitos devastadores provocados pela Segunda Guerra Mundial. O confronto militar deixou muitas cicatrizes pelos quatro cantos do planeta – algumas não curadas até hoje. Com o passar do tempo, terminada a guerra, surgiram aqui e acolá histórias de heroínas e heróis que, ao seu modo, amenizaram o sofrimento dos seus iguais ou deram grandes demonstrações de coragem.
Um destes exemplos, pouco conhecido no Brasil, relaciona a Segunda Guerra Mundial ao futebol. Durante a ocupação nazista a parte da União Soviética, os jogadores do Dínamo de Kiev (Ucrânia) foram presos e obrigados a trabalhar forçosamente em uma fábrica de pão. Entre as árduas jornadas as quais eram submetidos, sempre achavam tempo para bater uma bolinha.
Impressionados com a habilidade dos soviéticos, porém acima de tudo cegos pelo sentimento de superioridade da raça alemã apregoado por Hitler, os integrantes do exército nazista resolveram desafiar os atletas do Dínamo, achando que ganhariam com facilidade. Que nada, levaram foi uma sonora goleada.
Uma revanche foi marcada. Outra lavada a favor dos soviéticos. E assim foi por mais três vezes, sempre com os soldados alemães sendo humilhados dentro de campo. Infelizmente não ia ficar assim.
Na sexta partida, os nazistas montaram uma seleção das forças armadas, reforçada com jogadores-militares do Flakelk, um dos melhores times da época. Seria a última chance de demonstrar aos atletas do Dínamo a superioridade alemã.
Começa a partida. Talvez um pouco assustados com a magnitude do evento, os soviéticos saem perdendo. Logo depois, entretanto, viram o placar para 2x1 com naturalidade. E assim termina o primeiro tempo. No intervalo, um soldado alemão, que não participava do jogo, chega aos jogadores do Dínamo com um surpreendente ultimato: “Ou vocês perdem ou vocês morrem”.
Os soviéticos partem quietos para o segundo tempo. E sem titubear por um instante sequer, continuam o baile fazendo mais dois gols. Placar final: 4x1. Os atletas não comemoram – sabiam que aquela seria a última partida de futebol das suas vidas. Saem de campo abraçados, com a consciência tranqüila e de cabeça erguida. Tinham feito o seu melhor.
Dias depois, os nazistas cumprem a bárbara promessa e fuzilam, um a um, os jogadores do Dínamo.
A Segunda Guerra Mundial terminou com mais de 50 milhões de mortos. Destes, aproximadamente 20 milhões eram soviéticos. A grande maioria caiu no anonimato e hoje faz parte apenas de uma triste estatística que revela aos seres humanos a sua pior face – um misto de arrogância, rancor e ganância desmedidas. Mas este pequeno pelotão de craques do futebol, que teve sua liberdade e sua vida confiscadas por uma guerra estúpida, entrou para a história como um exemplo de coragem e dignidade.

3 comentários:

Jorge disse...

Depois sou eu quem briso ...

Adorei seu blog

Seja contando uma hist foda, brisando em imagens “inúteis”, mostrando vídeos mt bons ou usando esse seu talento pra único pra achar esses sites ...

Você escreve mt bem !!!
Ganhou um leitor

bjos

Orebil Ossec! disse...

tem algo que ele(^) esqueceu?
Talvez você pudesse por seus proprios desenhos, suas brisas graficas...
Mas como escritora, ja to com inveja...
Talvez depois de tantos comentarios, teus textos façam grande teu trabalho, tendedo, então transpassar todos os futuros tempos que temos de enfrentar.

Anônimo disse...

vc escreve coisas muito longas..
minha preguiça naum me permite ler..
seja mais objetiva moxinha...